Review Celular: Samsung A26 é bom?

Vamos analisar a fundo um dos lançamentos mais comentados de 2025: o Samsung Galaxy A26.

A linha “A2x” da Samsung sempre foi sinônimo de “intermediário acessível”, mas o A26 chegou ao mercado (em março de 2025) com uma proposta confusa. Ele mistura características genuinamente premium com alguns retrocessos inexplicáveis em relação ao seu antecessor (o A25).

Será que a Samsung acertou? Prepare seu café, pois esta é a análise completa do Galaxy A26.

Análise Completa: Samsung Galaxy A26

Design e Material: O “Premium Acessível”

Aqui, a Samsung merece todos os aplausos. O Galaxy A26 abandonou o acabamento simples de plástico (o “Glasstic”) dos seus antecessores e adotou uma traseira de vidro com proteção Gorilla Glass Victus+.

Isso, combinado com as laterais planas e o design de câmeras “flutuantes” (sem um módulo saltado), faz o A26 parecer um aparelho muito mais caro do que realmente é. Ele é fino (apenas 7.7mm) e a pegada é excelente.

O maior destaque, no entanto, é a inclusão da certificação IP67 (resistência contra poeira e água). Isso era algo reservado para as linhas A3x e A5x, e sua presença aqui é um diferencial matador para a categoria.

Veredito do Design: Um salto gigantesco. É, sem dúvida, o aparelho mais bonito e bem construído da história da linha A2x.

Processador: O Calcanhar de Aquiles (no Brasil)

Aqui é onde a análise fica complicada. A Samsung optou por uma estratégia de dividir os processadores por região. Enquanto o mercado global recebeu o (competente) Exynos 1380, o modelo vendido na América Latina (incluindo o Brasil) veio equipado com o Exynos 1280.

Se esse nome soa familiar, é porque ele é o mesmo chipset utilizado no Galaxy A25 (e até no A33, de 2022).

Para 2025, rodando a nova (e mais pesada) One UI 7 baseada no Android 15, o Exynos 1280 simplesmente não dá conta do recado como deveria. O aparelho não é lento para tarefas básicas, mas apresenta engasgos e pequenas travadas na multitarefa. Abrir aplicativos demora um pouco mais que o esperado e a alternância entre eles não é fluida.

Veredito do Processador: Uma decepção. É um hardware reciclado que não entrega a performance que o design premium do aparelho sugere.

Câmera: O Ponto de Equilíbrio

O Galaxy A26 não tenta revolucionar, mas aposta no seguro. O conjunto de câmeras é versátil e liderado por um sensor principal de 50 MP com estabilização óptica (OIS).

Na prática, isso significa fotos muito boas em condições ideais (luz do dia). As cores são vibrantes (típico da Samsung) e a definição é sólida para redes sociais. A presença do OIS ajuda muito em fotos noturnas, reduzindo tremidos, embora o software ainda sofra um pouco com ruído em baixa luz.

A câmera ultrawide de 8 MP é apenas razoável, perdendo bastante definição nas bordas, e a macro de 2 MP é, como sempre, praticamente irrelevante. A grande surpresa positiva é a câmera frontal de 13 MP, que entrega selfies nítidas e com bom HDR.

Para filmagens, o sensor principal grava em 4K a 30fps (um ponto forte), mas a estabilização nesse modo é limitada.

Veredito da Câmera: Muito competente pelo preço. O sensor principal de 50 MP com OIS salva o conjunto e entrega resultados confiáveis.

Bateria: Apenas na Média (e olhe lá)

O A26 traz o padrão de 5000 mAh de capacidade. Em tese, isso deveria garantir um dia inteiro de uso sem problemas. No entanto, os relatos de uso real são mistos.

A combinação do processador Exynos 1280 (que não é o mais eficiente) com a tela Super AMOLED de 6.7 polegadas a 120Hz parece drenar a bateria mais rápido que o esperado. Em testes intensos, alguns usuários relatam dificuldade em chegar ao fim do dia, marcando cerca de 6 horas de tela. Para um usuário moderado, ele deve aguentar o dia, mas não espere a autonomia de bateria de outros modelos da linha A.

O carregamento continua limitado a 25W, o que já está se tornando lento para os padrões de 2025 (levando cerca de 1h30 para ir de 0 a 100%).

Veredito da Bateria: Decepciona na autonomia. O chipset ineficiente cobra seu preço, e o carregamento de 25W não ajuda.

Tela e Som: Um Show e Um Silêncio

Tela: Espetacular. A Samsung ampliou o display para 6.7 polegadas (contra 6.5” do A25). É um painel Super AMOLED com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120Hz. As cores são vibrantes, o brilho é excelente e a fluidez é ótima (quando o processador permite). A única crítica ao visual é o notch em formato de gota (Infinity-U), que já parece um pouco datado.

Som: Aqui está o maior retrocesso do A26. O Galaxy A25 tinha som estéreo. O Galaxy A26 não tem. A Samsung removeu o alto-falante de chamada como saída secundária, deixando o aparelho com som mono. Para consumo de mídia (vídeos, jogos), a experiência é imensamente prejudicada. É uma economia inexplicável e um ponto negativo grave.

Veredito de Tela e Som: A tela é 10/10 para a categoria. O som é 2/10 e um retrocesso imperdoável.

Desempenho (Uso no Dia a Dia)

Como mencionei na seção do processador, o desempenho do A26 brasileiro é seu ponto fraco.

Para redes sociais (Instagram, TikTok), WhatsApp e navegação, ele funciona. Você notará a fluidez dos 120Hz da tela. O problema começa quando você exige mais. Em jogos, ele até roda títulos populares, mas em configurações gráficas baixas ou médias.

O maior problema é a One UI 7. A interface da Samsung é rica em recursos, mas é pesada. O Exynos 1280 sofre para manter tudo funcionando sem engasgos. Se você é um usuário que abre muitos apps ao mesmo tempo ou se irrita com pequenas lentidões, o A26 não é para você.

Pontos Fortes e Fracos Objetivos

Ficha Técnica Samsung A26

Avaliação Final (Notas de 1 a 5 Estrelas)

• Custo-Benefício: ⭐⭐ (2/5)
  • Ele cobra por um acabamento premium, mas entrega um desempenho fraco e corta custos no som.
• Comodidade (Design/Pegada): ⭐⭐⭐⭐⭐ (5/5)
  • O acabamento em vidro, a resistência IP67 e a espessura fina são excelentes.
• Facilidade de Uso (Software): ⭐⭐⭐ (3/5)
  • A One UI 7 é fácil de usar, mas os engasgos do hardware prejudicam a experiência.
• Câmera: ⭐⭐⭐⭐ (4/5)
  • O sensor principal de 50 MP com OIS é muito bom para a categoria.
• Geral: ⭐⭐ (2/5)
  • O Galaxy A26 é um celular desequilibrado. Ele atrai pelo visual, pela tela e pelo IP67, mas frustra no uso diário com o som mono e o desempenho sofrível. A Samsung priorizou o “parecer” em vez do “ser”.

FAQ: Perguntas Frequentes sobre o Galaxy A26

1. O Galaxy A26 vale a pena em 2025? Honestamente, é difícil recomendá-lo. Pelo preço de lançamento, concorrentes (e até mesmo o Galaxy A35 ou o A25 do ano anterior) oferecem uma experiência mais equilibrada, especialmente em desempenho e som.

2. A câmera do A26 é boa para fotos à noite? É decente, graças ao OIS (estabilização óptica) no sensor principal. Ele evita fotos tremidas, mas não espere milagres; o software ainda produzirá algum ruído em locais muito escuros.

3. O Galaxy A26 é bom para jogos? Não. Ele rodará jogos casuais (Candy Crush, Subway Surfers) perfeitamente. Em jogos pesados (Call of Duty, Genshin Impact), ele sofrerá com gráficos no mínimo e pode apresentar quedas de FPS. O som mono também atrapalha a imersão.

4. O A26 tem entrada para fone de ouvido? Não, seguindo a tendência do mercado, a Samsung removeu a entrada P2 (3.5mm) no A26. Você precisará de fones Bluetooth ou um adaptador USB-C.

5. Qual a diferença entre o A26 e o A25?

• A26 ganha: Tela maior (6.7”), design em vidro e IP67.
• A26 perde: Som estéreo (agora é mono) e entrada de fone.
• Empate: O desempenho é virtualmente o mesmo (mesmo processador Exynos 1280 no Brasil).

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